Mudanças de hábitos: promoção do autocuidado
- Patrícia M Faria

- 18 de ago. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 19 de nov. de 2024

Por que mudar é tão difícil? |
Quantas vezes já pensou em começar uma dieta ou em deixar de fumar sem que tenha feito algo por isso? Quantas vezes reincidiu em velhos maus hábitos depois de já ter percorrido um árduo caminho para a recuperação? Mudanças de hábitos - dos aditivos (vícios) aos mais corriqueiros como adesão a uma alimentação balanceada e prática de atividade física - não é um processo linear ou simples, a mudança é em espiral. Envolve alguns estágios e não necessariamente todas as pessoas passaram por todos eles.
Estágios da mudança
Os psicólogos James Prochaska, John Norcross e Carlo DiClemente desenvolveram um modelo que explica os estágios de mudança de comportamento pelas quais uma pessoa passa até se libertar definitivamente de seu vício ou dificuldade. É de autoria deles o livro MUDAR PARA MELHOR, no qual descrevem os seguintes estágios da mudança:
1. Pré contemplação:
Negação do problema, você se protege como se ele não existisse Pessoas próximas percebem o problema, reclamam com você e apontam “soluções”, porém não é que você não esteja vendo as soluções, você se quer vê o problema nesse estágio.
2.Contemplação:
Você reconhece o problema mas não sabe como mudar -Tem consciência das perdas e que existe um prejuízo - Contemplador crônico: fica nesse estágio e nunca sai, fica anos e anos por medo do fracasso ou pela ansiedade de enfrentar o desconhecido ao abrir mão de uma vida familiar Nessa fase temos algumas armadilhas, como: Esperar o momento ideal e sempre ficar adiando. Busque fazer o melhor com o que você tem hoje Desejos impossíveis: vontade de viver a mesma vida e ter resultados diferentes (ter o mesmo comportamento e não esperar sofrer as consequências disso). Por exemplo: querer emagrecer comendo fast food diariamente. Ação prematura: tentar sem planejamento, de forma fugaz, o que leva a fracassar e a ter uma ideia do tipo “viu, falei para você que não iria conseguir”.
3. Preparação:
Aqui já ocorre um compromisso com a mudança, você está se preparando para ação, mas “se você não tem um plano você tem um planejamento para falhar”
Como fazer isso? 1. Autoavaliação, faça a balança decisória. Tudo tem pró e contra. Qual preço você tem que pagar pelas mudanças. Você está disposto? 2. Faça um compromisso (público ou sozinho): isso pode gerar ansiedade do medo do fracasso, porém compromissos nos impelem a continuar fazendo mesmo quando for difícil. O compromisso público fortalece o compromisso individual, por exemplo quando você conta às pessoas que irá parar de fumar ou que irá emagrecer. 3. Pequenos passos: quebre os grandes objetivos e grandes metas em etapas menores, como se fossem uma escada onde você tem que ir subindo degrau por degrau. 4.Ensaio comportamental: esteja preparado para lidar com a insistência das pessoas e de possíveis dificuldades que terá no dia a dia (possíveis gatilhos). 5. Estabelecer uma data para começar a agir pelo seu propósito. 6. Construir um plano de ação específico com o passo a passo da ação.
4. Ação:
Início da mudança -Para aumentar um comportamento precisa reforçá-lo. Para diminuir é necessário promover a punição ou extinção do comportamento -Erro: “segunda eu começo” - isso é mais do mesmo, se você quer fazer você precisa começar agora -Reforço positivo: "Já é um avanço, ainda que pouco” - Qual batalha você quer lutar? -Quanto mais demorar mais vai demorar para conseguir - Do jeito que está, está bom?
5. Manutenção:
A mudança se mantém ao longo do tempo Depois que você emagrece ou consegue parar de fumar? O que vem agora? -O processo de compromisso precisa estar bem definido -Não é só tirar um comportamento, mas sim mudar o estilo de vida para conseguir sustentar - A manutenção é permanente. Aqui é importante lembrar que tudo que queremos manter devemos cuidar, vale para relacionamentos, trabalho, finanças e também para o nosso corpo.
Cuide do seu corpo, é o único lugar que você tem para viver!
